Fala galera, aqui está o meu primeiro post, falando um pouco da grande mudança que o design do EcoSport sofreu, design este que foi projetado no Brasil, na minha opinião, a mudança ficou ótima, bem melhor que o modelo anterior, espero que gostem. Abraço.
Na última quarta-feira, dia 4 de janeiro, foi apresentada simultaneamente no Brasil e na Índia, em avant-première mundial, a nova geração do mini SUV Ford EcoSport. Projetado no Brasil, o modelo faz parte da estratégia One Ford da montadora americana, que tem como objetivo o desenvolvimento de modelos globais. Primeiro veículo global de passageiros da marca criado na América do Sul, ele simboliza a importância crescente do Brasil e da região na estrutura mundial de desenvolvimento de produtos da Ford. Estivemos presentes no lançamento do modelo, em Brasília, a convite da Ford do Brasil, quando tivemos a oportunidade de conversar com os designers Muray Callum e João Marcos Ramos, que nos receberam para um bate-papo a respeito do projeto.
Em se tratando de SUVs urbanos, os futuros livros de história que vierem a abordar o fenômeno automóvel deverão acrescer aos capítulos relacionados à Ford – a qual mudou o mundo com a implantação da linha de montagem móvel por Henry Ford a partir de 1913 – um outro importante capítulo, que foi a grande sacada da Ford do Brasil ao lançar o EcoSport em 2003, o qual acabaria se transformando em um verdadeiro fenômeno de vendas. Um fenômeno tão grande que agora acaba de ganhar o mundo.Com a concorrência se mexendo para abocanhar uma fatia desse mercado, a Ford não poderia dormir sobre os louros conquistados por muito mais tempo, o que fez com que ela partisse para o desenvolvimento de uma geração totalmente nova do EcoSport, mais de acordo com as últimas tendências no design, assunto que analisaremos a seguir. Para tanto, contamos com a colaboração de João Marcos Ramos, o chefe do estúdio brasileiro da Ford, que nos concedeu entrevista durante a apresentação do modelo no último dia 4 de janeiro, em Brasília-DF.
Segundo João Marcos Ramos, a Ford tem hoje, no mundo, cinco centros de desenvolvimento e oito estúdios de design, dentre os quais um novo estúdio na China e duas unidades de design avançado, sendo uma delas nos EUA, em Irvine (Califórnia) e outra em Londres, onde fica J Mays, o vice-presidente corporativo de design do grupo.
Com estúdio por aqui desde os tempos da compra da finada Willys-Overland do Brasil, a Ford é uma veterana em investimentos em design na América do Sul.
Desde a inauguração de seu complexo em Camaçari-BA, a empresa transferiu a maior parte de seu staff de design para lá, sendo que em São Bernardo do Campo-SP permance apenas o setor de Color&Trim.
Ainda segundo João Marcos Ramos, o estúdio de design Ford em Camaçari tende a se transformar em um centro de excelência mundial no desenvolvimento de veículos do tipo “B”, do porte do EcoSport.
Mas não se engane ao achar que apenas designers brasileiros trabalham no estúdio da Ford em Camaçari. Trata-se, segundo João Marcos Ramos, de uma equipe multicultural, que além de brasileiros de vários estados da federação, abriga em seu estúdio profissionais vindos de países tais como Coréia, França, Bélgica, Estados Unidos e até mesmo um designer de origem egípcia, Ehab Kaoud.
Algumas das qualidades que o público espera de um SUV em termos de design é que ele basicamente transpire robustez e segurança. Aliando esses requisitos ao seu já conhecido Kinectic design, que tem como característica a “energia em movimento”, a Ford conseguiu conferir ao novo EcoSport um estilo mais robusto e ao mesmo tempo bem mais dinâmico que a geração anterior do modelo.
Com o mesmo propósito de robustez, na região frontal foi criada a simulação de dois músculos sobre o capô, na verdade grandes nervuras a partir das colunas “A” que se estendem sobre a parte superior dos paralamas, o que se traduz numa das características de maior personalidade do modelo.
JMR – Esse é um conceito extremamente importante. Eu acho que a grande sacada é você fazer com que os carros pertençam à mesma família, sem que sejam no entanto um “copy/paste” uns dos outros. Eu acho que esse é um grande desafio para os designers, porque você tem que criar uma imagem para a família de produtos, mas você não quer que os carros se pareçam com o mesmo carro reproduzido em proporções diferentes. Eu acho que a gente conseguiu isso com o “Eco”, ou seja, ele se parece com um Ford; Nós vimos isso em clínica, quando tiramos o nosso “oval” e ele foi reconhecido como um Ford.
Autotimeline – E o que diferencia o Family Face Ford das outras marcas?
JMR – Dentro da evolução do conceito Kinectic Design, nós temos por exemplo a grade no formato trapezoidal bem pronunciada, em conjunto com os faróis afilados, elementos marcantes no novo design da marca. Só isso já é o suficiente para que você reconheça um Ford da nova geração.
Segundo JMR, foram feitas clínicas com o modelo, onde foram retiradas todas as identificações com a Ford e ainda assim as pessoas reconheciam se tratar de um produto da marca do oval azul.